quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

 

CANTANDO CIÊNCIA


Resolvi cantar ciência

Pro povo se admirar

Irei fundo nos gametas

No abismo nuclear

Nas divisões celulares

Do galope a beira-mar

 

Na sextilha popular

No “dez-pés” ou no mourão

Vou lascar genes alelos

Membranas e rotação

Vou misturar tudo agora

Nas oitavas de quadrão

 

Nosso núcleo em fusão

Do velho Darwin sabido

Os vasos comunicantes

De um zigoto perdido

Tenho que escrafunchar

no oitavão rebatido


Vendaval enfurecido

DNA sobre humano

Nossa trigonometria

Teorema euclidiano

Tudo se tem na ciência

Do martelo alagoano

 

Formação do minuano

Seringa e estilete

Chave e não pertence

Parêntese e colchete

Vem da pura matemática

Cantada num gabinete

 

Essência de sabonete

Quase a nona maravilha

Cromossomos afluentes

Lá na queda da bastilha

Rotação e translação

É a terra na carretilha

 

A potência de uma pilha

Num foquite iluminado

O Farol de Alexandria

Um cateto improvisado

Teorema de Pitágoras

Canto num mourão voltado

 

Quem ficar admirado

Não responda a questão

Pois o “Aedes aegypti”

Causou tanta confusão

Neste Brasil de caboclo

De mãe preta e pai João

 

Numa noite de São João

Tem ciência em garantia

Vai o matuto e aquece

O ar e o balão subia

Sem ter estudado em livro

Diz a santa poesia

 

Pra cantar filosofia

Perna de protozoário

Os namoros dos gametas

Galáxias do planetário

Só quem estudou Camões

No velho abecedário

 

O coronel Belizário

Fez coisas que ninguém faz

Estudou os componentes

Daquela cola tenaz

Eita Brasil de mãe preta

Preto velho e pai Tomáz

 

Na nossa busca  de paz

Vejo a pureza da rosa

E o Bush por ambição

Vai em rota perigosa

Não vale um peido da gata

Não vale a mais fraca glosa

 

Monalisa tão formosa

Tem mistério no olhar

Esta tal La Gioconda

O sorriso é de encantar

Nem Romano da Mãe d’água

Saberia explicar

 

E agora pra terminar

Dois mil e cinco era o ano

O tempo é mestre de tudo

Nunca comete engano

Fecho Cantando Ciência

No Rojão Pernambucano.

Nota : Verso feito em 2005 e hoje, dia 24.01.2023, fiz a Sextilha derradeira, por acaso vi este Verso  e vi que estava por terminar, já pensou.

Ruy Rodrigues – Na terra das lagoas

                                     de 2005.

 

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