quarta-feira, 1 de julho de 2020

Mote :Eu  ainda  sinto o cheiro, do café que mãe fazia.

           Meu  irmão Rivelino me mandou um áudio com poetas repentistas fazendo repentes com o mote. Achei bom o mote e resolvi fazer alguns, mesmo sem ser de improviso (quem me dera), falando de papai, mamãe, Riva, nossa casa...   Lá vai.

Eu lembro muito meu pai
Não gostava de Café
Mas era um homem de fé
Do pensamento não sai
A saudade ainda vai
Machucando todo dia
Tendo leite ele bebia
Era muito presepeiro
Ainda hoje eu sinto o cheiro
Do café que mãe fazia

Tinha um pé de caju
Plantado lá no quintal
Na minha terra natal
Minha querida Iguatu
Tiragosto de Pitu
Na telha sempre caia
Quando seu Bibi, Bebia
Se deitava no terreiro
Dormia sentindo o cheiro
Do café que mãe fazia

Uma vez faltou o saco
Ou pano como se chama
Papai deitado na cama
Pulou que nem um macaco
Na meia tinha um buraco
A meia que ele vestia
D.Neuba não queria
Ele mandou zombeteiro
Inda hoje sinto o cheiro
Do café que mãe fazia

Outra vez inda menino
Faltou pano pra coar
Seu Bibi mandou tirar
A sunga de Rivelino
Que era bem pequenino
E de nada entendia
Sua cueca neste dia
Virou coador ligeiro
Ainda hoje sinto o cheiro
Do café que mãe fazia

Fazia e ainda faz
Por uma Graça Divina
Vive bem a sua sina
Mulher de fibra e capaz
É portadora da paz
Dona da Sabedoria
Nora de Dona Luzia
E de Henrique guerreiro
Ainda hoje eu sinto o cheiro
Do café que mãe fazia

Por morar em Maceió
Não sinto o cheiro agora
Mas eu sei que qualquer hora
Compro seis quilos de pó
Santa Clara ou Seridó
Tupy me dá nostalgia
Vou em casa qualquer dia
Dois filhos sou o primeiro
Vou sentir de novo o cheiro
Do café que mãe (faz) fazia.







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