A palavra sai
Para nunca mais voltar
Me disse o poeta, no seu versejar
Aí tá o nó, para desatar
Caminho difícil, a explicação
Pois sai a palavra por este mundão
Riscando os ares, queimando o chão
Abrindo veredas, no nosso sertão
Ou navegando vasto litoral
Tudo revolvendo, como vendaval
Trincando o concreto e o eteral
Quem pode explicar, pergunto afinal
A força do verbo, na verbalidade
Ou mesmo na escrita, se vã ou verdade
Carrega consigo com propriedade
A mesma palavra que chama amizade
Fomenta a mentira, a fome a dor
Engana e confunde o trabalhador
Por vezes é voz do rico opressor
Mas quero falar da palavra amor
Aquela que gera a arte e a vida
Que com a verdade é comprometida
Que é nossa força e fonte da lida
Que irmã da Justiça e que dá guarida
Àqueles que lutam pela liberdade
Que amam a paz e a fraternidade
Que dizem e escrevem somente a verdade
Agora termino com sinceridade
Pedindo a quem tem toda inspiração
E de palavra em palavra unir compreensão
Do início da Tese à Conclusão.
(Para João Emanuel Benvenuto de Ancelmo, agora Dr. Emanuel, Abril de 2014.ç
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